terça-feira, 16 de março de 2010

Perguntar não ofende, não.

Eu sou daqueles que curtem sair pra passear, ver movimento... É, acho que curtir é o meu verbo preferido. Algumas pessoas que leem esse blog não me conhecem pessoalmente, mas a minha fala é um pouco comprometida e o meu andar, também (uso andador posterior - meu trambolhão, ou transormers como diz minha mãe, ou ainda, ferrari, como diz um querido ex-professor que tive - para caminhar e cadeira de rodas pra percursos muito longos).

O fato é que quando vou fazer alguma compra, ou mesmo vou às famosas consultas de rotina, vira e mexe alguém pergunta pra quem tá comigo: "Desculpa perguntar, mas o que ela tem?". Peraí! Desculpa do que? As pessoas pensam que perguntar o que eu tenho vai me trazer dor ou algum tipo de desconforto. Eu acho meio estranho isso. Pô! As pessoas ficam "cheias de dedos" quando vão perguntar teu nome, ou com o que vc trabalha? Não - pelo menos a maioria. Enfim... gente, pode perguntar, viu?! Eu não vou morder, eu não vou chorar.

Aaaah! Lembro que eu disse que ia por o contato do cara das barras. Ainda não peguei, mas assim que conseguir, eu posto aqui!! Prometo!!
Por hj é só!!!

Té mais!
Beijões!!!

E um super beijo pro Rogério!!! A gente se vê no encontro do blog do Jairo!

2 comentários:

  1. O pior é que geralmente perguntam para o(a) acompanhante, né? O Jairo contou uma vez a saga para abrir uma conta num banco. A atendente fazia as perguntas para a amiga que por acaso o acompanhava, até que recebeu o inevitável "pergunta pra ele!". Até entendo que algumas pessoas demonstrem algum constrangimento quando querem perguntar qual é o problema, já que nem todos os deficientes levam na boa seus perrengues. Mas sou da opinião de que têm que perguntar para a pessoa portadora da deficiência, ou cale-se para sempre. Deduzir que portador de PC, paraplegia, tetraplegia não pode se comunicar é uma demonstração de preconceito e desrespeito.
    Adorei o "super beijo". O encontro pelo jeito vai bombar, e vai ser muito legal rever os que já conheço e conhecer pessoalmente outros tantos - como você - a quem já considero uma amiga (por enquanto) virtual.

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  2. Patrícia, tomei conhecimento de seu blog por sua tia Rosa. Adorei!

    E as suas desventuras não estão associadas apenas às pessoas que já nasceram com alguma deficiência. Muitos não se dão conta de que, ao envelhecer, seus movimentos também se limitarão. E os acidentes?

    Tenho uma tia que, há cerca de dois anos quebrou a perna. Ficou de cadeira de rodas por dois meses. Tive de levá-la ao banco para fazer algumas coisas. Adivinhe: plena Faria Lima, não tem calçadas rebaixadas!!! E a avenida tinha sido reformada há pouco (tinham plantado palmeiras, mas acessibilidade, o que é isso?!?)

    Vou colocar seu blog no meu RSS. Parabéns pela iniciativa!

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