quinta-feira, 18 de março de 2010

Dá licença?

Nos finais de semana, não gosto muito de ficar em casa, não - afinal, passo praticamente a semana inteira "enfurnada" em casa. Como aqui em São Paulo o shopping, como várias pessoas dizem, é a praia do paulistano, é quase obrigatória ao menos uma ida à essa praia nesses dois dias de folga da semana.
Gosto de percorrer todos os andares, olhar vitrines, entrar em lojas. Mas, por usar cadeira de rodas ou andador (é, o meu querido "trambolhão"), só há um meio de eu ir de um andar a outro: o elevador - afinal, meu andador é largo demais pra entrar na escada rolante (e não é muito seguro, né não?).
Assim como de cadeira de rodas, é necessário "fazer o giro" com o andador (pra não sair de ré...) e, para isso, é necessário um certo espaço. Mas aí complica...
Há shopppings que, mesmo sendo grandes, possuem um mísero elevador. E digo mísero não só por ser um, mas também por muitas vezes ele ter dimensões ridículas. Mas o que é mais ridículo não são nem as dimensões e nem o número de elevadores num shopping. É a falta de respeito - bom senso, melhor dizendo - dos consumidores. Os caras certamente têm força o suficiente nas pernas para andar uns metros a mais e ir de escada rolante.
Porém, falta um pouco de educação nessa parcela da sociedade pra perceber que não custa nada dar uns passos a mais e deixar o elevador vago pra quem realmente não consegue subir escadas rolantes. E alguns têm tão pouca educação que, muitas vezes, vêem uma pessoa que realmente necessita do elevador e, mesmo assim, entram no elevador e vão. O pior é a cara que muitos fazem quando, já no elevador, param num andar e vêem um deficiente ou uma mãe com carrinho de bebê esperando pra subir ou descer. Uns até olham pro teto (o teto não vai cair, não, viu?) pra fingir que nada tá acontecendo. A porta fecha e nós, que realmente precisaríamos subir ou descer, continuamos lá, à espera de um elevador vazio ou com pessoas com um pouco de bom senso.
Apelar não é a palavra mais adequada, mas seria pedir muito que essas pessoas que têm boas condições físicas de usar uma escada rolante fizessem-no?

Até mais!!

Beijos!!!!!

Um comentário:

  1. Pati, sempre que ocorre um crime hediondo praticado por um menor, aparece uma autoridade (Içami Tiba à frente) para falar sobre o valor da educação. Na cabeça desse povo a educação só serve para evitar a marginalidade, mas o que dizer das pessoas que fazem cara de paisagem quando ocorrem as situações que você relatou? Não seria, também, questão de educação? Formação acadêmica é uma coisa, formação moral é outra. E formação moral tem tudo a ver com educação, é aquela que recebemos principalmente em casa, para aprendermos a viver em sociedade de forma harmônica e baseada no respeito. Beijim, adorei seu comentário lá no meu cafofo.

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